Crotalária é o novo mecanismo de combate à dengue em Córrego Fundo

O plantio da crotalária é mais um mecanismo adotado pelo Município para combater o Aedes Aegypti. A ação é uma parceria entre a Secretaria de Saúde, por meio do Departamento do Controle de Endemias, da Secretaria de Obras, por meio do Departamento de Agricultura e da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) do município.

Segundo o técnico da Emater, Marcos Roberto de Souza a ação é um trabalho em conjunto entre o órgão e as secretarias municipais, Obras, Meio Ambiente e Desenvolvimento e Saúde. Após a aquisição das sementes de crotalária, foi organizado um banco de sementes, que deverá ser multiplicado com a doação de mudas à população, bem como o plantio em lotes vagos do município. O objetivo é conseguir uma cobertura de pelo menos 80% do município, para atrair um número cada vez maior de libélulas. Segundo Marcos, para que a iniciativa dê certo, é importante ter plantações de crotalária em floração espalhadas por toda a cidade, se possível, o ano todo.

De acordo com Marcos Roberto de Souza, a Crotalária Juncea, atua no combate ao mosquito por meio do controle natural da larva e do mosquito adulto. “A planta tem um ciclo de vida de 210 a 240 dias,” afirma ele. “Após 90 dias mais ou menos, após o plantio, a planta floresce, sendo um grande atrativo para a Sympetrum Fonscolombii, uma libélula que vive na natureza e coloca seus ovos na água. Eles eclodem, dando origem a larvas, chamadas ninfas, que são carnívoras e comem as larvas do mosquito transmissor da dengue, além do inseto adulto da libélula também se alimentar do mosquito da dengue” explica ele.

A secretária de saúde, Keli Cristina da Silva, explica que é a primeira vez que o município adota esse mecanismo natural para ajudar no controle do mosquito causador da Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus. O objetivo com a ação é de reforçar o trabalho de combate ao mosquito. A supervisora de Vigilância em Saúde, Laudenice Aparecida Leal, lembra que essa é apenas mais uma das ferramentas a serem utilizadas no combate a essa endemia e que as ações tradicionais são de grande eficiência e não devem ser abandonadas pela população. “Não basta apenas ter a planta, pois a efetividade do combate à doença é a prevenção. Por isso, cuidem dos seus quintais, não joguem lixo em lotes vagos, procurem tampar caixas e depósitos de água e não deixem materiais que acumulem água em nenhum local que possa se tornar um criadouro,” alerta a servidora.

Publicado em: 17 de agosto de 2017