Secretaria de Saúde promove realização de exames de HIV, sífilis e hepatite gratuitamente

Hoje, sexta-feira, dia 31 de janeiro, a Secretaria de Saúde de Córrego Fundo promove uma campanha de realização de exames de HIV, sífilis e hepatite gratuitamente para a população. Os interessados devem procurar as Unidades de Saúde da cidade. Hoje, o atendimento para esta demanda será das 8 às 15 horas.

De acordo com a enfermeira Roberta Diniz, da UAPS (Unidade de Atenção Primária de Saúde) “Padre Dionísio”, o exame é realizado de uma forma bastante simples. É feita uma punção (pequena picada de agulha) no dedo da pessoa e o sangue é analisado. O comprovante do resultado é fornecido na mesma hora. A enfermeira ressaltou que o procedimento é todo sigiloso, realizado em uma sala separada em cada um dos postos de saúde.

Para ser feito o exame, o interessado deve levar apenas um documento de identidade. Em caso de resultado positivo para alguma das doenças analisadas, a pessoa será encaminhada para atendimento médico para iniciar o tratamento.

HEPATITE

Hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado e que pode resultar desde uma simples alteração laboratorial (portador crônico que descobre por acaso a sorologia positiva), até doença fulminante e fatal (mais frequente nas formas agudas).

Existem várias causas de hepatite, sendo as mais conhecidas são as causadas por vírus (vírus das hepatite A, B, C, D, E, F, G, citomegalovírus, etc). Em comum, todas as hepatites têm algum grau de destruição das células hepáticas.

A maioria das hepatites agudas são assintomáticas ou levam a sintomas incaracterísticos como febre, mal estar, desânimo e dores musculares. Hepatites mais severas podem levar a sintomas mais específicos, sendo o sinal mais chamativo a icterícia, conhecida popularmente no Brasil por “tiriça” ou “amarelão” e que se caracteriza pela coloração amarelo-dourada da pele e conjuntivas. Associado pode ocorrer urina cor de coca-cola (colúria) e fezes claras, tipo massa de vidraceiro (acolia fecal). Hepatites mais graves podem cursar com insuficiência hepática e culminar com a encefalopatia hepática e óbito. Hepatites crônicas (com duração superior a seis meses), geralmente são assintomáticas e podem progredir para cirrose.

SÍFILIS

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. A principal via de transmissão é através do contato sexual, mas também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez ou no momento do nascimento, resultando em sífilis congênita.

Os sinais e sintomas da sífilis variam dependendo da fase atual em que se apresente (primária, secundária, latente e terciária). Apesar de seus sintomas, a sífilis foi conhecida como “a grande imitadora”, devido às suas apresentações atípicas frequentes. O diagnóstico é feito geralmente através de testes de sangue.

HIV

Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH ou HIV) é um lentivirus (um retrovirus com um longo período de incubação) que está na origem da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, uma condição em seres humanos na qual a deterioração progressiva do sistema imunitário propicia o desenvolvimento de infeções oportunistas e cancros potencialmente mortais. A infeção com o HIV tem origem na transferência de sangue, sémen, lubrificação vaginal, fluido pré-ejaculatório ou leite materno. O VIH está presente nestes fluidos corporais, tanto na forma de partículas livres como em células imuntárias infectadas. As principais vias de transmissão são as relações sexuais desprotegidas, a partilha de seringas contaminadas, e a transmissão entre mãe e filho durante a gravidez ou amamentação.

A maior parte das pessoas infetadas com HIV desenvolve AIDS. A elevada mortalidade desta doença deve-se ao colapso progressivo do sistema imunitário, ao qual está associado o aparecimento de infeções oportunistas ou tumores malignos. Sem tratamento, cerca de nove em cada dez pessoas infetadas com HIV desenvolve AIDS após de 10-15 anos, embora algumas pessoas desenvolvam muito mais cedo. O tratamento com antirretrovirais aumenta a esperança de vida de portadores do HIV, mesmo que a infeção tenha já evoluído para um diagnóstico de SIDA. Estima-se que a esperança de vida com tratamento seja de cinco anos. Mas com a entrada de novos antiretrovirais a expectativa passou para algo em torno de 20-50 anos. Na ausência de tratamento, a morte ocorre geralmente no prazo de um ano.